Por que pensamos sempre em nós mesmos quando refletimos sobre a ideia de vivermos cada dia como se fosse o último?
Colocamos na cabeça que devemos procurar as pessoas que sentimos falta, fazer as pazes com quem brigamos, curtir o momento, beijar na boca, ficar com deus e o mundo, programamos aquela viagem (não é bem assim! rs), nos declaramos àquela paixão, comemos aquele brigadeiro de panela ou compramos uma roupa que tanto queríamos, mas que ainda não havia justificativa para tê-la, enfim...
Tudo porque achamos que poderá ser nosso último dia, que devemos vivê-lo intensamente e atendermos aos nossos desejos..
Isso até o final do dia chegar e nos darmos conta de que amanhã não poderemos continuar com a nova filosofia de vida.
E se, na verdade, for o último dia de quem amamos, hein? Por que não pensamos nisso mais vezes?
Para alguns esse papo é sinistro, deveria ser evitado, é tediante e desnecessário, mas essa reflexão me veio agora na cabeça, sem tristeza, sem medo, sem agonia, sem sentimento algum.. apenas veio, de boa, sem grilos e na paz. Claro que não é a primeira vez que penso nisso, mas hoje que me deu vontade de dividir, de fazer quem estiver lendo pensar um pouquinho comigo...
Às vezes as pessoas precisam passar por uma perda ou chegar muito perto para se dar conta de tudo que poderia ter feito com ou por alguém que ama, pois, até então, só estava pensando no que deixaria de viver quando fosse sua vez de partir...
Será que morrer tendo feito tudo que queríamos é melhor do que viver sem ter feito tudo o que poderíamos ter tentado junto daqueles que amamos?
Trocar aquele piquenique por causa do livro que estava no final...
Aquele bate papo no face pelo último capítulo da novela...
Aquele pôr do sol que deixamos de ver juntos por causa da boca que tinha que ir beijar, apesar ter menos de 24 horas que fez isso...
A sua presença que era imprescindível, mas foi o último show do seu cantor favorito...
Aquela conversa de bar, só que preguiça falou mais alto...
Será?
Nem sempre fazemos as escolhas certas, não é mesmo?
Muitos pensam isso após refletir sobre algo assim. Ainda dizem isso com a sobrancelha láá no alto, com aquela cara de " a escolha é minha". Rs.
Realmente, nem sempre a fazemos bem, se bobiar, na maioria das vezes são as erradas as escolhidas...
Agora, temos peito para encará-las depois? De verdade?
É correr o risco.. ou não.
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