09 maio 2013

28 e seus estranhamentos


Queria não precisar fazer escolhas, não precisar pesar, avaliar, optar, apenas seguir o que tenho vontade, deixar a razão e a paixão se misturarem à vontade e eu ir no embalo, livre. 
O que não quer dizer que as coisas seriam melhores, até porque não há nada tão ruim assim agora. 
Mas ter que decidir algo às vezes pode ser angustiante, mesmo que seja o sabor do picolé que irei comprar de sobremesa.

Acho que estou envelhecendo e, junto, pensando cada vez mais em tudo que me cerca, ao contrário de algum tempo atrás. 
Pensar duas, três vezes é bacana, é se importar, é não esquecer do outro, mas, ao mesmo tempo, é perceber que nem sempre é recíproca a dedicação, que às vezes nosso cuidado está mais direcionado a quem não precisa do que aos que verdadeiramente necessitam. 
Assim como tudo pode não passar de má impressão!

Além disso, sinto falta de algumas coisas, assim como sinto falta de sentir algumas faltas e isso me assusta. Não sentir faltar é estranho e triste, mais ainda quando a gente vai acostumando. Perceber que não me incomodo em não sentir falta de sentir falta é bizarro e preocupante! E doido! Mas é verdade. 

Enfim, nada disso é ruim, não é mesmo, pois tenho a chance de escolher, talvez algumas pessoas não tenham, só acho que funciono melhor quando só tenho um caminho. Não pra tudo, mas agora é isso.
Fora aquelas coisas e situações que venho deixado por conta dos outros... mas isso era para ter sido comentado no parágrafo anterior.



"Mas deixa isso tudo pra lá, eu e a minha estranhice, estranheza, estranhagem, estranhamento, estranhação. Estranha ação. É isso aí, sou cheia de estranhas ações." 
Clarissa Corrêa

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