01 novembro 2011

Com licença

Hoje de manhã um cadeirante foi passageiro do mesmo ônibus que eu. Houve toda uma mobilização para que ele pudesse entrar, além da prática da paciência de alguns apressados e suas horas.
Será que apenas eu me sensibilizo com esse tipo de coisa? Não, eu sei.
O motorista não fez apenas a obrigação dele. Ele foi gentil, cuidadoso e, ainda por cima, acho que ficou bem pelo que fez, pois nunca o havia visto conversar e ser tão simpático durante suas viagens como daquela vez.






É, fico feliz com essas coisas.
Feliz porque acho que o dia daquele motorista poderá ter outro tom hoje.
Feliz porque aquele jovem não teve barreiras (até aquele momento) como o cidadão que ele é.
Feliz por ver que a solidariedade está quase em extinção, mas ainda não findou.
Feliz por ver que há possibilidades de ir e vir para todos.
Feliz porque se um dia eu estiver na mesma situação (ninguém está livre disso) ainda poderei fazer muitas coisas, a não ser que eu mesma não me permita.
Feliz por me dar licença de ficar feliz com o que deve ser bem pouco para alguns.




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