31 outubro 2011

Aquela leveza

Acho tão esquisito acordar bem, mudar meu humor no decorrer do dia e ficar mal, dormir com a sensação de "desistência" e acordar bem de novo, pronta para mais uma. É sério, acho isso muito estranho. Mas fico feliz, surpresa e grata por serem apenas momentos que me abatem e não ser o meu estado. Ontem foi assim e nem quero saber qual será o próximo dia.



Hoje eu quero dividir a leveza, aquela que me encanta... sabe qual? Aquela...

Que, discaradamente, fica óbvia e fascina somente à você e sua amiga ao assistirem O Fabuloso Destino de Amélie Poulain com uma turma de mais de 40 alunos.

[Teve gente que achou uma linda história de amor (???), outros dizendo que o Bretodeau havia sido rápido e no final do filme já estava com um filhinho (???), um que ficou imitando o miado do gato por mais de 1 minuto (!!!), aqueles que só riram da cena de sexo, os que acharam Amélie e Nino fracos nas preliminares, uma que achou ultrapassado a professora pedir trabalho sobre o filme em pleno 2011 e, claro, aqueles que se quer assistiram. Bem, a opinião de cada um é a opinião de cada um e só. E sensibilidade não é para todos.]

Que me faz sorrir com os olhos ao ouvir "bom dia" acompanhado por um simpático sorriso do trocador de ônibus e que não é apenas por educação, isso quando ainda nem amanheceu, às 5h30 da manhã.

Que me emociona ao ver quem amo dormindo e me faz esperar pelo próximo suspiro para ter certeza de que está respirando.

Que faz meus olhos brilharem ao avistarem o Rio de Janeiro, enquanto Niterói vai ficando para trás e o céu me mostrando o seu azul.

Que me faz viajar quando olho nos olhos daquele meu amigo e agradecer em pensamento por ele fazer parte da minha vida.

Que me faz planejar um simples piquenique como se fosse uma viagem.

Que me eleva através de uma leitura surpreendente.

Que me toca com um simples abraço, ou uma simples palavra, ou um torpedo, um e-mail, um olhar, um pedaço de papel rabiscado, um sorriso.

Que mexe comigo apenas por ter um andar malemolente.

Que não demonstra nada forçadamente e que deixa a gentileza fluir.

Que não vê anormalidade no que é apenas diferente em mim (em você, neles, em nós).

Que é sutil.




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