15 janeiro 2012

Metamorphosis (ambulante)

Porque esse é o fragmento da Martha Medeiros que mais combina comigo neste momento:

"Achamos que sabemos decodificar sinais, perceber humores, adivinhar pensamentos e, às vezes, acertamos, mas erramos tanto. Achamos que sabemos o que as pessoas pensam de nós. Achamos que sabemos amar, achamos que sabemos conviver e achamos que sabemos quem de fato somos, até que somos pegos de surpresa por nossas próprias reações."

Estava relendo uma postagem que escrevi no dia 10 de dezembro de 2011, cujo palavra "Trancas" escolhi para o título. Nessa postagem eu coloquei em questão o quanto nos fechamos e permitimos que possibilidades passem bem na nossa frente, os nossos limites, nossos preconceitos, o "se respeitar", enfim, fiz certas confissões e, de certa forma, deixei meu recado (para?).

Mas ao trazer tais colocações para o dia de hoje, um pouco mais de 1 mês após ter escrito aquilo, acho que me contradigo para uma coisa ou outra.
Assim eu comecei o tal post: "Quantas coisas perdemos por não vivermos nossas totalidades?"
Tudo bem que a pergunta não era apenas para quem lesse, era para mim também, óbvio, mas agora jogo outra: Quantas coisas perderemos se tentarmos viver nossas totalidades, hein?!

Pois é... Sempre fui de usar o discurso: Temos que fazer o que temos vontade, o que sentimos que é necessário, dar a cara à tapa, "é se respeitar, é tentar viver o que se deseja viver", sem medo de correr atrás, mas assumindo os riscos, sabendo que existem consequências, positivas ou não.
Aliás, acho que, na medida do possível, sempre obedeci esse meu discurso, mas a parada agora não é bem assim, caiu por terra.
"...e achamos que sabemos quem de fato somos, até que somos pegos de surpresa por nossas próprias reações."


Acho que sei o que está acontecendo, mas também acho que, pela 1ª vez, não estou disposta a assumir as consequências. (Será que sei mesmo?! Então, por que usei o verbo "achar"? Iiiih, estou fazendo comigo o que faço com os outros! rs.)
Na verdade eu escolhi outra alternativa, a que não condiz com a Ana Paula de alguns meses atrás, a que dá (va) a cara para baterem "e daí?", pelo menos a priori.
Escolhi a opção que acho que será sem perdas e, embora não seja a que combine comigo, não acarretará nada negativo a ninguém além de mim e isso é o que importa agora. Se bem que, de repente, nem a mim cause nada negativo.

Eu sei que não dá para saber se não tentar, lógico que eu sei, e nesse caso não é diferente, mas sinto que não posso fazer o que eu gostaria de fazer, não se trata apenas de uma "gérbera", como das outras vezes. Chego a sentir um frio na barriga só de pensar nas consequências que eu suponho que aconteceriam, caso eu fizesse outra escolha. Então, deixa assim...

Um dia eu evito, dou uma sumidinha, como estou fazendo o sábado todo, outro eu vou com tudo, me dôo a ponto de não me reconhecer e por aí vai.
Mesmo que eu esteja fazendo a escolha errada, mesmo sentindo que eu poderia me dar mais (sim, isso é possível! rs.), que eu poderia fazer muito bem e ser muito melhor, não faria nada que abalasse o que existe até agora, mesmo sem ter certeza de nada.

Uma hora se transformará de novo e voltará a ser o que era, assim, bem como agora, desapercebido, na calada, na moita, quietinho, só visto (ou não) aqui, desse jeito confuso e oculto, sem ninguém entender o que quero dizer e que está nas entrelinhas de várias citações que já fiz aqui, lá, naquele, no outro...







E eu não estou acreditando que escrevi isso!!!
Deixa eu ir pegar minha linda caneca, terminar de beber a coca-cola que já nem deve estar gelada mais e botar o Zeca Baleiro para cantar de novo... Essas são as melhores escolhas para hoje.
Por hora, chega, né? Queria mesmo era me surpreender com as descobertas surpreendentes dos outros. (Não sei se a frase está correta, mas essa é a ideia.)
E aí?!
É, acho que esse "Queria mesmo era..." deu a impressão de mais uma possível "metamorfose" dos meus "achismos" e quereres. rs.



2 comentários:

  1. "..deixo assim ficar subentendido como uma ideia que existe na cabeça e não tem a menor pretenção de acontencer"

    ResponderExcluir