08 janeiro 2013

Coisa real


Às vezes a realidade parece se distanciar e alguma outra coisa tomar o seu lugar, mas ainda não consegui definir o que é isso. Mais difícil ainda é quando essa coisa se faz tão onipotente que inverte aquela que se distancia...
De maneira evidente exergo aquilo que sequer sabia existir, mas, diante desse desalinho, será que o que vejo é real? Sendo 'sentir' sinônimo de 'compreender', não tem como não ser real. 

Talvez novas realidades se façam necessárias para conseguirmos seguir. Não me refiro à força que exigimos para encarar o mundo diante da vida e sim do peito e mente abertos que precisamos ter para observar, para dar atenção, para aderir, para ir atrás e para trilhar a vida no espaço de tempo que nos é oferecido.

As pessoas falam em viver cada dia como se fosse o último, querem e precisam ser sinceras consigo, almejam tudo isso, mas mal conseguem acolher essas coisas do outro. 
Há pouca chuva para muita terra, convicções desmedidas para poucas verdades absolutas e tem gente se perdendo no meio de tanta contradição.

E quem sabe qual é a realidade verdadeira? Eu? Você? Talvez tudo não passe de um cenário e a coisa real seja a esperança sustentando toda a atuação que precisamos para construirmos a nossa própria realidade, seja ela verdadeira ou não.

No final das contas não chegamos a lugar nenhum, não entendemos nada, vivemos cada dia podendo ser de fato o último das nossas vidas, mas imbecilmente projetando o futuro, crendo que amanhã poderá ser o melhor dia para atendermos aos nossos desejos, para voltarmos a falar com quem amamos ou com quem não falamos há tempos...
Tomara que haja mesmo algo depois da morte, viu!
Ou é melhor a gente se frustrar logo para não corrermos o risco de nem esse "privilégio" termos?

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